domingo, 19 de abril de 2009

Sou o Zangado sim . e daí?

Tem dias que eu acordo num bom humor.Mas é tamanho bom humor que chego a ficar preocupado.Sorte que logo passa... hehehe!!!Nunca fiz a linha “Bom dia sol!” ou “Que bela manhã outonal!”. Nada disso. Mas também não entendam errado. Existe uma linha muito tênue entre bom humor e ser bem humorado. Sou esse último. Bem humorado. Mas é um senso de humor ácido, sarcástico, contundente, quase cruel às vezes. Não sou o anão Feliz: rindo à toa, todo bonachão e com as faces rosadas. Prefiro o Zangado. Rabugento, reclamão, voluntarioso e nas minhas bochechas vocês apenas encontram rugas de um pseudo mau humor. Mas é justamente nessa zanga, nessa birra e nessa disfarçada má vontade que está a minha graça. Coisas de personalidade, eu diria.Não foram poucas as pessoas que – depois de conviverem comigo mais intimamente – se disseram surpreendidas com minha porção terna, carinhosa e até delicada (sem a afetação do conceito, please). Acreditem vocês ou não, eu tenho uma fama terrível, quase de ogro. As pessoas das minhas relações se dividem mais ou menos assim:O primeiro grupo são aqueles os que me acham apenas antipático e inacessível. Acreditam na minha arrogância e frieza. Me enquadram como um chato. O segundo grupo se constitui dos que trabalharam comigo ou conviveram de alguma forma no meu universo profissional. Estes têm medo, quase pavor, da minha retidão e minha excessiva cobrança pela perfeição nos trabalhos realizados. Reza a lenda de que quando o Paulo arqueia as sobrancelhas ou enruga a testa é melhor correr.O terceiro grupo é uma galera que não perde a chance de apontar o dedo para mim e gritar “moleque”. Me resumem a um eterno imaturo. Um Peter Pan tupiniquim. Olham desconfiados para minhas roupas, meus brincos e colares. E acham condenável que eu ainda curta “parque de diversões”.Para todos estes estou cagando e andando. Perdão pela sinceridade, guys! É o quarto grupo que me interessa. Um grupo formado pelos que são realmente especiais. Os eleitos. É o menor dos grupos, admito. Mas é também onde me permito ser apenas eu. Sem capas, máscaras e escudos. São as pessoas com as quais não me sinto cobrado a ser herói e nem remorso de ser vilão. São os que já me viram nos piores e melhores dias, já me viram triste e que já conhecem todas as minhas cicatrizes.Estou falando disso porque muitas vezes a gente fica se martirizando com os eventuais [maus] conceitos que as pessoas fazem a nosso respeito. E isso, em suma, não faz a menor importância. Você não vai agradar a todos. Nem Jesus e nem Dolce & Gabbana conseguiram. Portanto, desencana. Basta seguir vivendo.


texto adaptado de Alpha . veja texto original em: http://gayalpha.blogspot.com/


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Um comentário:

então! obrigado pela visita e apareça mais, sempre teremos emoções para partilhar.

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