segunda-feira, 8 de setembro de 2008

O Objecto


Há que dizer-se das coisas o somenos que elas são.
Se for um copo é um copo se for um cão é um cão.
Mas quando o copo se parte e quando o cão faz ão ão?
Então o copo é um caco e um cão não passa dum cão.
Quatro cacos são um copo quatro latidos um cão.
Mas se forem de vidraça e logo forem janela?
Mas se forem de pirraça e logo forem cadela?
E se o copo for rachado?
E se o cão não tiver dono?
Não é um copo é um gato não é um cão é um chato que nos interrompe o sono.
E se o chato não for chato e apenas cão sem coleira?
E se o copo for de sopa?
Não é um copo é um prato não é um cão é literato que anda sem eira nem beira e não ganha para a roupa.
E se o prato for de merda e o literato de esquerda?
Parte-se o prato que é caco mata-se o vate que é cão e escreveremos então parte prato sape gato vai-te vate foge cão.
Assim se chamam as coisas pelos nomes que elas são.
José Carlos Ary dos Santos
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

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