sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Censura





Mais um carnaval se passou e tivemos a oportunidade de assistir, mais uma vez, segmentos sociais desenterrando armas que de ha muito deveriam estar banidas das relações humanas. Refiro-me à insistência de determinados grupos que se apropriam de poderes que não lhes foram outorgados e passam a ditar normas de conduta, padrões de comportamento, juízos de valores, impingindo ao coletivo apático e submisso a tão famigerada CENSURA.

O carnaval, umas das manifestações culturais mais espontâneas e originais de nosso povo, a cada ano que passa, vai se tornando propriedade de grupos que lhe impõe normas e regras, tudo em nome do sucesso econômico do empreendimento, em detrimento da arte, da cultura, da espontaneidade e de tantos outros valores peculiares ao mesmo.

Foi lamentável a proibição imposta a uma das agremiações participantes, em nome de uma falsa moral, de se manifestar livremente com relação a um fato da história universal, portanto de domínio público, como foi o holocausto praticado pelos nazistas. Esta atitude sem qualquer propósito, só pode ser comparada com a própria arrogância, prepotência e insanidade nazista, fazendo-nos retroceder no tempo quando a igreja católica se intrometeu em uma seara que não lhe pertencia para embargar uma manifestação cultural de outra agremiação.

Ao lado de tudo isto, vimos com espanto, no momento da apuração dos resultados do carnaval carioca, se repetirem aberrações que nos causam arrepios, se não vejamos:

Mais uma vez, um total de 05 vezes em 06 anos seguidos, uma mesma agremiação leva a premiação maior, a mesma que a bem pouco tempo foi indiciada em CPI junto à Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro como agremiação "fabricante" de resultados a seu favor (CPI que como tantas outras terminou em pizza).

Outro fato dígno de reflexão foi o de uma agremiação punida com perda sumária de pontos pois alguns senhores, guardiões da moral, tiveram o "devido cuidado" de "medir" a peça íntima de uma passista e julgado que ela não atendia ao tamanho mínimo que estes cidadãos julgavam como aceitável para o devido resguardo da intimidade feminina. Bem semelhante ao Afeganistão sob a tutela política e religiosa dos Talibãs.

Pensam que tudo acabou por aí? Ledo engano. Não é que, após concluída a apuração e anunciada a vencedora (que novidade), fomos obrigados a assistir, dentro de nossos lares, isto sim, a um verdadeiro atentado à moral e aos bons costumes. Lá estava o Sr. "Presidente de Honra" (que título majestoso, não?) da Escola vencedora, um contraventor de primeira grandeza, envolvido com todos os tipos de máfias existentes neste país que, até alguns dias antes, se encontrava detido em presídio federal, desfilando livremente, arrogantemente, impunemente pelas ruas do Rio de Janeiro como uma "personalidade", e mais, em uma viatura oficial do corpo de bombeiros, com honrarias de escolta militar.

Bem, tudo isto acontece sem a menor reação de nosso povo, sem nenhuma manifestação de nossa elite intelectual, sem qualquer consideração das autoridades constituídas deste país.

Mas enfim, é isto!





"EU QUERO MEU CARTÃO DE CRÉDITO CORPORATIVO!"


É! aquele mesmo! aquele chapa branca!








"estou precisando fazer uma reforma no meu vaso sanitário para jogar toda esta merda".



Paulo Braccini

enfim, é o que tem pra hoje...

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