sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Alma e Música



A música me lava a alma
Que gere muitos sentimentos
E que a minha vida acalma…
Faz parte do meu dia a dia
E quantas vezes de noite e de dia…
No acordar da anestesia
No chorar de fazer sofrer a alma…
Da dor que combate o ódio e o rancor na dor do drama que o destino teima
Em me perseguir até no amor…
Em qualquer circunstancia
E em cada momento uma nova melodia…
A música me lava a alma e me dá alegria
No tormento em noite escura
Sempre que a Natureza me recebe em novo dia
No acordar sem que a vida ande à procura…

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje



Zélia Duncan - Alma
Arnaldo Antunes

Alma,
deixa eu ver sua alma
A epiderme da alma,
superfície.

Alma,
deixa eu tocar sua alma
Com a superfície da palma,da minha mão,
superfície

Easy,
fique bem easy, fique sem nem razão
Da superfície
livre
Fique sim, livre
Fique bem com razão ou não, aterrise

Alma,
isso do medo se acalma
Isso de sede se aplaca
Todo pesar
não existe
Alma,
como um reflexo na água
Sobre a última camada
Que fica na superfície,
crise
Já acabou, livre
Já passou, o meu temor do seu medo
Sem motivo, riso...de manhã, riso de neném
A água já molhou a superfície

Alma,
daqui do lado de fora
Nenhuma forma de trauma
sobrevive

Abra a sua válvula agora
A sua cápsula alma
Flutua na
superfície lisa, que me alisa, seu suor
O sal que sai do sol, da superfície
Simples, devagar, simples,
bem de leve a alma ja pousou, na superfície

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Ballet de Bejart

mais uma obra prima de Maurice Bejart...

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...


O Poeta


Já te despedes de mim, Hora.

Teu golpe de asa é o meu açoite.

Só: da boca o que faço agora?

Que faço do dia, da noite?


Sem paz, sem amor, sem teto,

caminho pela vida afora.

Tudo aquilo em que ponho afeto

fica mais rico e me devora.
Rainer Maria Rilke


Paulo Braccini

enfim, é o que tem pra hoje...

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Ética . qual o caminho a seguir?


Ética e Felicidade.
Podemos entender ética como um conjunto consensual de valores que influencia os procedimentos dos indivíduos dentro da sociedade. Este conjunto de valores é dinâmico e vai sendo mudado de acordo com a evolução da do grupo social.
Assim, se observarmos a história da sociedade ocidental, organizada sobre os fundamentos de uma moral judaico-cristã, vamos perceber um longo período histórico dominado por uma Ética Religiosa, onde as obrigações em relação a Deus são o mote do comportamento social.
A ética predominante nos séculos XVIII, XIX, até meados do século XX, é a Ética do Dever. Ela surge independentemente dos dogmas religiosos no contexto de laicização da sociedade, que advém a partir do movimento renascentista passando pela revolução industrial e atingindo a idade moderna. A ética do dever se caracteriza pelo enaltecimento da obrigação, o sacrifício pessoal, em função da família, pátria e sociedade. Estimula os deveres do homem e do cidadão, impondo normas austeras repressivas, disciplinares na vida privada das pessoas. Transfere as obrigações em relação a Deus, próprias da ética religiosa, para a esfera humana.
Nos anos 60 e 70 temos a Ética da Contracultura, onde o discurso moral válido por mais de dois séculos é recusado em nome da liberdade individual e coletiva. A utopia da boa alma já não é mais valorizada e os valores de amor à pátria e família são substituídos pelo discurso de liberdade individual. A família burguesa é injuriada por ser a responsável pela transmissão de valores obsoletos que impediam o usufruto de uma liberdade plena. O progresso humano se identificava com o direito da mulher a dispor do seu corpo. Lutava-se então a favor do aborto e da liberdade sexual.
A partir dos anos 80, vemos o surgimento da Ética da Felicidade. A crise das utopias, a queda do muro de Berlim, e a instauração do Neo Liberalismo configuram uma sociedade pós-moralista que repudia a retórica do dever austero e que se caracteriza, pela falta de obrigação de consagrar a vida ao próximo, a família ou a nação. A idéia de sacrifício de si mesmo está deslegitimada, sendo estimulado o usufruto do presente o templo do eu e do corpo Nesta sociedade pós-moralista a felicidade substitui o mandamento moral, o prazer substitui a proibição, a sedução substitui a obrigação, o desejo substitui o dever. As relações entre os homens são menos valorizadas que as relações dos homens com as coisas. Sendo assim, a ética contemporânea não aceita resignada a passagem do tempo, sendo estimulada a eterna juventude e a exigência de conservação e valorização do capital corpo. Os imperativos da ética da felicidade são juventude, saúde, elegância, lazer e sexo. Assim, na época da felicidade narcísica “tudo é permitido”, “moral sem obrigação e sem sanção”.
Neste contexto da sociedade pós-moralista, podemos examinar, dentre outros aspectos, de como se configuram os valores que dizem respeito à família. Nesta análise que fazemos, observamos que os valores a respeito desta instituição foram mudando conforme as mudanças sociais. O valor dado na ética do dever era absoluto, contrariamente ao dado pela ética da contra cultura que questiona a família como instituição burguesa, reprodutora dos valores de uma moral obsoleta. Na contracultura associava-se a família a uma instância alienante reprodutora das relações de propriedade e das dinâmicas da repressão. “Família-odeio vocês”. Já na cultura da felicidade ocorre um esvaziamento das preservações moralistas em beneficio da realização pessoal e do direito do sujeito livre: direito a concubinagem, direito a separação dos cônjuges, direito a maternidade fora do casamento, direito a ser fecundado por um genitor anônimo ou por um falecido. A família deixa de ser uma instituição transmissora dos deveres para se transformar em uma instituição emocional e flexível ao serviço da realização pessoal.
Concluindo; o que se apresenta como imprescindível para os tempos atuais? Devemos abandonar o amoralismo como o moralismo rígido para promover uma nova ética, a Ética da responsabilidade?
A ética da responsabilidade surge na cultura pós-moralista. Animada pelo esforço de conciliação entre os princípios dos direitos individuais e as obrigações sociais, econômicas científicas. Sua aspiração não é desconhecer os valores individualistas, entretanto promove a extenuação da cultura “tudo é permitido”, exigindo a fixação de limites e reagindo contra os excessos de permissividade individualista, tecnológica, capitalista da mídia. Seu objetivo é o reforço do espírito de responsabilidade, talvez o único capaz de estar á altura dos desafios do futuro.



Paulo Braccini


enfim, é o que tem pra hoje...




terça-feira, 27 de novembro de 2007

O Piano





... este de tão lindo foi roubado... não resisti e compartilho com outros...























estavam as letras os fios os muros o círculo as mãos o espelho . os anjos as glicínias os lobos os demônios a tela a música a obra ao negro ao rubro . rubor de calcário . de estrada . luminoso . o raio . a espada . pedaço de terra . mágica . os cetáceos a vegetação a ravina do teu peito . suspenso . incompreensível deleite do desejo e do divino . estavam os verbos . as metáforas . e nenhum ponto final . na paisagem anfíbia do teu ventre redondo . de abandono .

sinal aberto de vertigem .sinal de silêncio de gato.
Blog de Isabel Mendes Ferreira

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Correspondência Amorosa

Desejaria colocar-te flores nos cabelos.Quais? Nenhuma tem a simplicidade comovente que deveria, nenhuma é suficientemente simples. Em que Maio colhê-las?- Mas creio agora que tens sempre nos cabelos uma grinalda- ou coroa...Nunca te vi de outro modo.
Nunca te vi, que não tivesse o desejo de te rezar. Nunca te ouvi, que não tivesse o desejo de acreditar em ti. Nunca te esperei, sem desejo de sofrer por ti. Nunca te desejei, sem ter também o direito de me ajoelhar à tua frente.

Rainer Maria Rilke

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Bolero de Ravel - Maurice Bejart


Em memória


Paulo Braccini

enfim, é o que tem pra hoje...

Em memória de Bejart

O coreógrafo francês Maurice Béjart morreu dia 22 de novembro aos 80 anos, como consequência de problemas cardio-respiratórios que determinaram a sua hospitalização em 16 de novembro. Nascido em Marselha em Janeiro de 1927, Béjart (nome artístico) estreou-se em 1946, em Vichy, depois de ter aprendido dança clássica com Madame Egorova, de Madame Rousanne et de Léo Staats. A dança que ajudaria a revolucionar, ao longo da última metade do século XX, não foi, porém, a sua primeira escolha. Na verdade, o filho do filósofo Gaston Berger seguiu o caminho do pai e formou-se em Filosofia. Só depois, e por indicação médica, se dedicou à dança. Em 1960, fundou a companhia Ballet du XXe Siècle, em Bruxelas, um ano depois de ter apresentado uma encenação marcante da "Sagração da Primavera".
Radicado, desde 1987, na Suíça, onde fundou o Béjart Ballet Lausanne, o coreógrafo tornou-se um dos nomes mais importantes da dança contemporânea mundial e a sua companhia numa das mais prestigiadas. As opções por Bruxelas e pela Suíça só surgiram devido ao facto de nunca ter conseguido que lhe dessem um teatro no seu país. Em memória, abro este espaço para postar um vídeo de uma das grandes coreografias de Maurice Bejart - Bolero de Ravel com o Ballet du XXe Siècle.
(Obs: em função da duração do vídeo o mesmo será postado em duas partes)





Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Vida e Obra de Rilke

Escritor austríaco nascido em Praga, em 1875, tendo falecido em Valmont, na Suiça, em 1926. A sua obra poética iniciou-se com composições de estilo impressionista, nas quais se antecipam alguns dos temas centrais da sua obra, como por exemplo: a morte, a pobreza, a mística, temas estes envoltos na tendência decadentista da época. A partir de um certo momento, a sua poesia tornou-se impessoal, objectiva, criada a partir das coisas que alcançam a sua expressão na poesia, tendo-se esta atitude desenvolvido em paralelo com um profundo misticismo, culminando nos Sonette an Orpheus (1923) e nas Duineser Elegien (1923). Estas obras questionam quais as possibilidades do homem viver sem Deus, sendo que, desta maneira, a única forma de redenção se vislumbra apenas na criação poética.

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Cartas a um Jovem Poeta


...Vivo a minha vida em círculos cada vez maiores que se estendem sobre as coisas.
Talvez não possa acabar o último,mas quero tentar.
Rainer Maria Rilke

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

O que faz bem pra saúde

* Mais uma pérola deste fenomenal escritor e cronista gaúcho *
Luiz Fernando Veríssimo


Cada semana, uma novidade. A última foi que pizza previne câncer do esôfago.
Acho a maior graça. Tomate previne isso, cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas peraí, não exagere...
Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos.

Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde.
Prazer faz muito bem.
Dormir me deixa 0 km.
Ler um bom livro faz eu me sentir novo em folha.
Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois eu rejuvenesço uns cinco anos.
Viagens aéreas não me incham as pernas, me incham o cérebro, volto cheio de idéias.
Brigar me provoca arritmia cardíaca.
Ver pessoas tendo acessos de estupidez me embrulha o estômago.
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano.
E telejornais os médicos deveriam proibir - como doem!
Essa história de que sexo faz bem pra pele acho que é conversa, mas mal tenho certeza de que não faz, então, pode-se abusar.
Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo faz muito bem: você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada.
Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde.
E passar o resto do dia sem coragem para pedir desculpas, pior ainda.
Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou muzzarela que previna.
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau! Cinema é melhor pra saúde do que pipoca.
Conversa é melhor do que piada.
Beijar é melhor do que fumar.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Tomo pouca água, bebo mais que um cálice de vinho por dia, faz dois meses que não piso na academia, mas tenho dormido bem, trabalhado bastante, encontrado meus amigos, ido ao cinema e confiado que tudo isso pode me levar a uma idade avançada.
Sonhar é melhor do que nada.

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

domingo, 25 de novembro de 2007

Gosto de Morte

O gosto de minha morte na boca deu-me perspectiva e coragem.
O importante é a coragem de ser eu mesmo.
Friedrich Nietzsche

...então! como isto é uma grande verdade! vivida, enfim aprendida...
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...






sábado, 24 de novembro de 2007

Tempo para o meu Alguém



Tempo - Manuel de Freitas

O tempo com que conto e não dispenso
Não limita o espaço do que sou
Por isso aparente contrasenso
De tanto que te roubo e que te dou
No tempo que tenho te convenço
Que mesmo os teus limites ultrapasso
Sobras do tempo em que te pertenço
Mas cabes inteirinha no meu espaço
Não sei qual de nós dois veio atrasado
Ou qual dessas metades vou roubando
Entraste no meu tempo já fechado
Ganhando o espaço que me vai sobrando
Por isso não me firas com o teu grito
O espaço não dá tempo à solidão
Não queiras todo o tempo que eu habito
O espaço é infinito o tempo não


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Hóspede do Tempo



Sou hóspede do tempo
Da minha casa
Das minhas palavras
Das coisas que declaro minhas
Inquilina da vida que me foi dada

Portanto, nada

Ficou na minha bagagem
Do velho brinquedo
Que já não ilude, não me ilude


O que eu tenho é minha atitude
O que eu levo é minha atitude
O que pesa é minha atitude
Minha porção maior
Fred Martins & Zélia Duncan
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Morte

Olhas-me a cada esquina. Escondes-te na sombra de cada viela. Caminhas, atrás de mim, como se fosses a minha própria sombra. Olho-te, vejo-te a cara vazia e o olhar fulminante. Neste tênue equilíbrio, entre a perpendicular e a queda, entre a salvação e a desgraça, entre a vida e a morte.Em cada encruzilhada convidas-me a tomar o teu partido, abandonando o corpo, deixando a vida, para seguir, de mãos dadas contigo, na escuridão da noite. Do outro lado da rua, a luz chama o eu nome, diz-me que é por ali o caminho, é por ali a vida.Hesito, fico no meio do caminho, olho a morte, olho a vida, questiono-me qual delas deve levar-me, qual delas mereço. Mas há amarras, fortes correntes que ainda me prendem à luz do dia, laços que não devo cortar, gente, que espera por mim no passeio. Olho-te, mais uma vez, e sigo a luz, mantendo o corpo erecto, evitando mais uma vez a queda.Sabes que um dia serei teu, és paciente, persistente, afinal a vitória será tua, inevitavelmente, um dia, quando se quebrem as correntes, sabes que escolherei ir contigo, e levar-me-ás.Deixo-te, em cada esquina, em cada encruzilhada da vida, porta entreaberta para a próxima dimensão.


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Mas há a vida

Mas há a vida
que é para ser
intensamente vivida,
há o amor.
Que tem que ser vivido
até a última gota.
Sem nenhum medo.
Não mata.

Clarice Lispector

Paulo Braccini

enfim, é o que tem pra hoje...

Porque o futebol é tão fascinante


Porque o futebol é tão fascinante...

No futebol, como no sexo,
As pessoas suam ao mesmo tempo,
Avançam e recuam,
Quase sempre vão pelo meio,
Mas também caem para um lado ou para o outro
E, às vezes, há um deslocamento.
Nos dois é importantíssimo ter jogo de cintura.

No sexo, como no futebol,
Muitas vezes acontece um cotovelo no olho sem querer,
Ou um desentendimento que acaba em expulsão.
Aí um vai para o chuveiro mais cedo.
Dizem que a única diferença entre uma festa de amasso
E a cobrança de um escanteio
É que na grande área não tem música,
Porque o agarramento é o mesmo...
E no escanteio também tem gente que fica quase sem roupa.
Também dizem que uma das diferenças
Entre o futebol e o sexo
É a diferença entre camiseta e camisinha.
Mas a camisinha, como a camiseta, também não distingue;
Ela tanto pode vestir um craque como um medíocre.

No sexo, como no futebol,
Você amacia no peito,
Bota no colo, cadencia
E tem que ter uma explicação pronta na saída
Para o caso de não dar certo.
No futebol, como no sexo,
Tem gente que se benze antes de entrar
E sempre sai ofegante.
No sexo, como no futebol,
Tem o feijão com arroz,
Mas também tem o requintado,
A firula e o lance de efeito.
No sexo também tem gente
Que vai direto no calcanhar.
E tanto no sexo quanto no futebol,
O som que mais se ouve é aquele "uuu".
No fim, sexo e futebol
Só são diferentes mesmo em duas coisas...
No futebol não pode usar as mãos.
E o sexo, graças a deus, não é organizado pela CBF.

Luís Fernando Veríssimo

Paulo Braccini

enfim, é o que tem pra hoje...







quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Amigos IV



Amigo sim... besta não...

Paulo Braccini
enfim, é o que tem para hoje...

Amor à Terra

Laranja na mesa.
Bendita a árvore que te pariu.


Clarice Lispector

Paulo Braccini
enfim, é o que tem para hoje...

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Sossega, coração! Não desesperes!

Sossega, coração! Não desesperes!
Talvez um dia, para além dos dias,
Encontres o que queres porque o queres.
Então, livre de falsas nostalgias,
Atingirás a perfeição de seres.

Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo!
Pobre esperença a de existir somente!
Como quem passa a mão pelo cabelo
E em si mesmo se sente diferente,
Como faz mal ao sonho o concebê-lo!

Sossega, coração, contudo! Dorme!
O sossego não quer razão nem causa.
Quer só a noite plácida e enorme,
A grande, universal, solente pausa
Antes que tudo em tudo se transforme.

Fernando Pessoa

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Sou o Espírito da Treva

Sou o Espírito da treva,
A Noite me traz e leva;

Moro à beira irreal da Vida,

Sua onda indefinida

Refresca-me a alma de espuma...

Pra além do mar há a bruma...

E pra aquém?
há Cousa ou Fim?
Nunca olhei para trás de mim...

Fernando Pessoa

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

O Chato

Que me perdoem os que lerem e se enquadrarem no perfil, mas que eu concordo plenamente com o articulista... ah isto eu concordo....

Texto de Lula Vieira (publicitário)

Não me lembro direito, mas li numa revista, acho que na Carta Capital, um artigo levantando a hipótese de que todo o cara que tem mania de fazer aspas com os dedinhos quando faz uma ironia, é um chato.
Num outro artigo alguém escreveu que achava que jamais tinha conhecido um restaurante de boa comida com garçons vestidos de coletinho vermelho.
Joaquim Ferreira dos Santos, em "O Globo" de domingo, fala do seu profundo preconceito com quem usa a expressão "agregar valor".
Eu posso jurar que toda mulher que anda permanentemente com uma garrafinha de água e fica mamando de segundo em segundo é uma chata.
São preconceitos, eu sei. Mas cada vez mais a vida está confirmando estas conclusões.
Um outro amigo meu jura que um dos maiores indícios de babaquice é usar o paletó nos ombros, sem os braços nas mangas. Por incrível que pareça, não consegui desmentir. Pode ser coincidência, mas até agora todo cara que eu me lembro de ter visto usando o paletó colocado sobre os ombros é muito babaca.
Já que estamos nessa onda, me responda uma coisa: você conhece algum natureba radical que tenha conversa agradável?
O sujeito ou sujeita que adora uma granola, só come coisas orgânicas, faz cara de nojo à simples menção da palavra "carne", fica falando o tempo todo em vida saudável é seu ideal como companhia numa madrugada? Sei lá, não sei.
Não consigo me lembrar de ninguém assim que tenha me despertado muita paixão.
Eu ando detestando certos vícios de linguagem, do tipo "chegar junto", "superar limites", essas bobagens que lembram papo de concorrente a big brother.
Mais uma vez, repito: acho puro preconceito, idiossincrasia, mas essa rotulagem imediata é uma mania que a gente vai adquirindo pela vida e que pode explicar algumas antipatias gratuitas.
Tem gente que a gente não gosta logo de saída, sem saber direito por quê. Vai ver que transmite algum sintoma de chatice.
Tom de voz de operador de telemarketing lendo o script na tela do computador e repetindo a cada cinco palavras a expressão "senhooorr", me irrita profundamente.
Se algum dia eu matar alguém, existe imensa possibilidade de ser um flanelinha.
Não posso ver um deles que o sangue sobe à cabeça. Deus que me perdoe, me livre e me guarde, mas tenho raiva menor do assaltante do que do cara que fica na frente do meu carro, fazendo gestos desesperados tentando me ajudar em alguma manobra, como se tivesse comprado a rua e tivesse todo o direito de me cobrar pela vaga.
Sei que estou ficando velho e ranzinza, mas o que se há de fazer?
Não suporto especialista em motivação de pessoal que obrigue as pessoas a pagarem o mico de ficar segurando na mão do vizinho, com os olhos fechados e tentando receber "energia positiva". Aliás, tenho convicção de que empresa que paga bons salários e tem uma boa e honesta política de pessoal não precisa contratar palestras de motivação para seus empregados. Eles se motivam com a grana no fim do mês e com a satisfação de trabalhar numa boa empresa.
Que me perdoem todos os palestrantes que estão ficando ricos percorrendo o país mas eu acho que esse negócio de trocar fluidos me lembra putaria.
E, para terminar: existe qualquer esperança de encontrar vida inteligente numa criatura que se despede mandando "um beijo no coração"?


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Esfera

Tum, tum ...
Paredes brancas, mãos frias
Tum, tum ...
No compasso do tempo
Espaços circunscritos são percorridos

Tum, tum ...
No vai e vem da esfera
Espaços finitos são percorridos
Tum, tum ...
Na busca da paz, tranqüilidade, emoção
O eterno e infinito ganham dimensão

Tum, tum ...
Paredes brancas, mãos aquecidas
Tum, tum ...
E o vai e vem da esfera continua

Tum, tum ...
No compasso do eterno
Espaços infinitos são percorridos
Tranqüilidade
Emoção
Felicidade
PercepçãoRapaz ...


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Felicidade

Quero ser feliz.
Quero a felicidade; menos a felicidade real ditada pela razão, pela lógica, caucada em valores contextuais.
Quero a felicidade; mais a felicidade irreal ditada pela percepção, pelo fluir da sensibilidade ilógica, sem definições ou rótulos, simplesmente felicidade.
Quero ser livre como uma pena solta ao vento, como uma pena que mesmo inserida no arcabouço orgânico dos pássaros, permite-lhes vislumbra a amplidão dos espaços, num ir e vir sem fim, na conquista do infinito e do eterno.
Quero ser livre como o pensamento perceptivo, que permite o livre sentir, alheio às circunstâncias do momento, simplesmente aflorando os mais altos níveis da sensibilidade.
Não contesto a realidade concreta, busco a realidade abstrata.
Não contesto a lógica, o racional, o real, busco o ilógico, o sonho, a utopia.
Não contesto os valores contextuais, busco a afirmação dos meus próprios valores.
Quero a harmonia desta dualidade do ser: Realidade Irrealidade.
Quero ser feliz.


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

O caminhar

Pode caminhar
Tropeçar e levantar
Seguir adiante
Navegando sem afundar

Florir campos imagináveis
Olhar águas límpidas de córregos calmos
Sentar sob árvores e sonhar
Sonhar dias chuvosos os mais lindos ...


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Morte

Planície, planalto, depressão
Álcool, fumaça, libertação
Planeta, universo, motivação
Nascer, viver
Morrer é a razão.


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Levante-se

Levante-se, agite-se um pouco, equilibre-se, solte este corpo e se prepare, porque uma nova vida vai começar.
Não tenha medo, não fique tenso nem deixe que o dia triste e escuro esconda os fáceis caminhos a tomar.
Veja em volta ... outras tantas pessoas voam, e que voar de asas abertas soa uma agradável sensação de prazer.
Permita que o mundo livre que o espera lhe impeça sempre de cair por terra, porque na certa vão lhe pisar e você morrerá.
Tente não é difícil.
Deixe que a mansa brisa que sopra lhe leve aos mares, lhe eleve aos ares, para poder sentir o amor, o amor da chuva, do dia, das flores,; o amor do vento, das aves, das cores, tão lindas como as que você tem.
Quero lhe ver por sobre as árvores rasgando a terra num vôo rápido, às vezes manso.
Quero que enfeite os campos, os pântanos, o deserto e num bailado firme, solto, encante a vida.
Voe, voe muito, voe sempre, voe alto, mostre a beleza que você tem, porque você é gente, gente que percebe, gente que sente.
Seja você sempre, seja sempre o que você é.


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Grossas Paredes

Grossas paredes, portas trancadas, quarto fechado, menino solitário.
Uma janela vislumbra espaços
Árvore frondosa roça seu peitoril
Perspectivas de infinito arrebatam o menino solitário.

Abrem-se portas
Derrubam-se paredes
Enterra-se casa
No fundo da areia.

Solidão
O eterno tocando o infinito.
Janela aberta
Árvore em seu peitoril
Felicidade invadindo o menino, em seu coração solitário.


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Solidão

Frio
Solidão
O silêncio da noite me angustia.
Estou só, muito só
Saudade forte, muito forte
Saudade doída.
Insegurança, medo, opressão
Estou só, muito só.

Preciso do carinho de suas mãos
Da segurança do seu olhar
Do calor de seu corpo
Do molhado de seus beijos
Do aconchego de seu colo.

Sinto frio
Estou só, muito só.
Insegurança, medo, opressão
O silêncio da noite me deprime.

Solidão forte
Saudade doída
E a escuridão da noite me angustia.


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Um dia qualquer

Foi um dia qualquer
Eu vi um dia qualquer nascendo
Foi uma bela manhã
Eu vivi esta manhã bem cedinho

Eu vi ...

O sol apontando
O dia nascendo
O céu clareando
Tudo trocando de cor

Eu vi ...

Pássaros cantando
Flores florindo
Tudo bonito
Tudo muito bonito

Eu vi...

Eu vi você...
Eu vivo ...


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Existe

Existe um mundo, onde vive e reina aquele que me quer.
Existe um lugar, onde vive e reina o meu coração.
Existe um mundo, onde vive e reina o meu coração.
Existe um lugar, onde vive e reina aquele que me quer.
Existo,
Faço existir o que desejo ...
Você está além do desejo, da cobiça, do possível ...
Aceitou-me
Quero-te?
Não sei!
Amo-te.


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Disco Voador

Eu ando e meus olhos procuram no céu, o disco voador
Vejo gente, vejo luz, vejo vida, vejo o real imaginário
Não vejo o azul, nem o verde, nem o branco
Vejo o cinza, cinza metálico, cinza do disco voador.

Eu ando e meus olhos procuram no céu, o disco voador
Vejo homem e mulher, vejo fumaça, vejo morte, vejo o irreal concreto
Não vejo o azul, nem o verde, nem o branco
Vejo o cinza, cinza metálico, cinza do disco voador.

Eu ando na multidão, eu ando com a multidão
Eu ando só e meus olhos procuram no céu, o disco voador
Cinza pálido, cinza metálico, cinza do disco voador
E eu só vejo o azul, o verde, o branco

Só vejo gente, luz, multidão
Vejo a vida real imaginária
Vejo o homem metálico, a mulher fumaça, a morte pálida
Só o irreal concreto, mas eu não vejo o disco voador.

Eu ando e meus olhos procuram no céu, o disco voador ...


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Mundo

É neste mundo ... eu
Que me perco
Nos sentimentos
Que não sei o que são ...


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Aniquilo

Aniquilo minha tangente com uma secante
Que corta meu corpo em dois pontos;
Procuro então duas áreas distintas, dentro de um mesmo espaço,
Cortadas por um mesmo princípio.

A tangente, aquela que vislumbrei em minha direção
Reside do lado de fora
E me corta em apenas um ponto:
Não ter a simplicidade para só ter a mim a ao momento ...


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Vida

É no partir
Que se percebe
O encanto de ficar

É no perder
Que se percebe
O encanto da vitória

É no caminhar
Que se percebe
O encanto da vida

É no fracasso
Que se percebe
O encanto de ser forte

É no ser gente
Que se percebe
O encanto do infinito.


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Saudade - Miguel Falabela

Em alguma outra vida, devemos ter feito algo de muito grave,Para sentirmos tanta saudade...Trancar o dedo numa porta dói.Bater com o queixo no chão dói.Torcer o tornozelo dói.Um tapa, um soco, um pontapé, doem.Dói bater a cabeça na quina da mesa,dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.Mas o que mais dói é a saudade.Saudade de um irmão que mora longe,Saudade de uma cachoeira da infância,Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais,Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu,Saudade de uma cidade,Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.Doem estas saudades todas.Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.Saudade da presença, e até da ausência consentida.Você podia ficar no quarto e ela na sala, sem se verem, mas sabiam-se lá.Você podia ir para o dentista e ela pra faculdade, mas sabiam-se onde.Você podia ficar o dia sem vê-la, ela sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor,ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.Saudade é basicamente não saber.Não saber mais se ela continua fungando num ambiente frio.Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.Não saber se ela ainda usa aquela saia.Não saber se ele foi à consulta com o dermatologista como prometeu.Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre culpada,se ele tem assistido às aulas de inglês, se aprendeu a entrar na internet,a encontrar a página do Diário Oficial, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros,se ele continua preferindo Malzebier, se ela continua detestando McDonalds,se ele continua amando, se ela continua a chorar até nas comédias.Saudade é não saber mesmo!Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos,Não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento,Não saber como frear as lágrimas diante de uma música,Não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.É não saber se ela está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer.Saudade é isso que eu estive sentido enquanto escrevia. E o que você provavelmente estará sentindo depois que acabar de ler."Em alguma outra vida, devemos ter feito algo de muito grave, para sentirmos tanta saudade..."
Miguel Falabela

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Amigos III - especial para Fabiano


Sentir..... Tocar.....
... as noites são mais frias...
... meu corpo sente falta dos teus carinhos...
... o sono demora a chegar...
... seu cheiro impregna meu travesseiro e
acabo me rendendo aos sonhos...
sinto teu corpo envolvendo o meu,
tuas mãos suaves pousam em meu prazer,
tocas de leve meus seios e ávida procuro
teus lábios....
meu corpo aquecido pelo teu clama na
saudade do teu toque....
teu sabor invade os meus sabores...
meus lábios sedentos deslizam pelo seu corpo...
meus sentidos tornam-se mais e mais aguçados...
teus toques, meus toques, nossos toques....
a invasão colorida explode a vida em prazer....
os sons da noite são apenas nossos gemidos...
nossos murmúrios que acalentam os anjos
com o amor que nossas almas teimam em
mostrar ao infinito....
Acordo com um sorriso nos lábios....
minhas mãos tateiam em busca de seu corpo....
meus olhos - meus sentidos..... entristecem-se
ao perceber que foi apenas um sonho de desejo
e saudade....
Volto à vida e fico no silêncio esperando seu
retorno!


Helena do Carmo

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Ausência - especial para Fabiano

Ausência

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada,
tão aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres.
Porque a ausência, em essência assimilada
ninguém a rouba mais de mim.

Carlos Drumond de Andrade


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

*Eu*

Se ao menos os grilos da noite
Soubessem o que sou
Se ao menos a luz do sol
Soubesse aonde vou
Eu iria seguir este farol.

Se ao menos as crateras da lua
Soubessem onde me esconder
Se ao menos os bruxos e feiticeiros
Soubessem o que vou ser
Eu poderia me encantar
E voltar para nunca mais

Se ao menos a morte da vida
Pudesse me ensinar este segredo
E os gritos de silêncio dos loucos
Pudessem me dizer
Eu deixaria se ser o muito
Para ser sempre o pouco.


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Amor Eterno

QUANDO TE VEJO O CORAÇÃO BATE APRESSADO
QUANDO TE BEIJO FICO TODO ARREPIADO
EU TENHO PLANO PRA NÓS DOIS
PRÁ MIM NÓS DOIS JÁ SOMOS UM
IR PRO FUTURO SEM VOCÊ

É ALCANÇAR LUGAR NENHUM
A GENTE PODE SER FELIZ, ME DIZ QUE SIM...
PEGUE TEUS SONHOS TEU AMOR E GRUDA EM MIM
NUNCA SENTI POR MAIS NINGUÉM TANTA SAUDADE

EU LOGO VÍ QUE COM VOCÊ TUDO É VERDADE
TUDO TEM MAIS SABOR, TUDO TEM MAIS RAZÃO
VOCÊ ME FAZ FELIZ

VOCÊ ME FAZ SENTIR OS PÉS NO CHÃO
É MUITO MAIS QUE ATRAÇÃO
JAMAIS AMEI TÃO FORTE ASSIM
PEGUE TEUS SONHOS TEU AMOR E GRUDA EM MIM

É SÓ SOLTAR O CORAÇÃO
CONTE ATÉ DEZ QUE SIM
PEGUE TEUS SONHOS, TEU AMOR
E GRUDA EM MIM.


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Espaço para o meu grande "amor" V

Encanta-me o segredo da volúpia
Do teu corpo
Como ondas, ondas, ondas ...
Que adormecem qualquer forma
Que as toque.
Teu corpo que respira suspiros
De amores em cio
Que afagam sonhos eróticos
Em noites febris.

Encanta-me o segredo da volúpia
De teu corpo
Dos odores de teu corpo
Os cheiros de teu corpo
Encanta-me teu desejo absorto
De peitos iguais
Por onde pousas fantasias
De incestos e carícias sem dor.

Encanta-me a volúpia
De teu corpo
De teus lábios que deitam beijos
Em noites vesperais
De teu cheiro, volúpias medievais
Encanta-me tudo em ti
E emano sonhos
De teus braços
Os mais sutis.

Na volúpia de teu corpo
Teus beijos como ondas, ondas ...
Teus desejos absortos, teu sopro
Corpo cheio de desejos de volúpia, como ondas, ondas ...
Tocando em mim.


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Espaço para o meu grande "amor" IV

Um beijo
Bate coração.
Um abraço
Dispara coração.
Um sorriso
Cessa respiração.
Um olhar
Para o pensar.
Lábios colados, corpos juntos,
Olhos nos olhos, enfim,
É o amor que invade e domina.
O sentimento reina no peito do rapaz, junto do rapaz.


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Espaço para o meu grande "amor" III

O maior dos amores

Todos estão procurando por heróis
Nós todos precisamos de alguém a quem admirar
Eu nunca encontrei alguém que satisfizesse minhas carências
Um lugar solitário de se estar
Então aprendi a depender de mim mesmo

Decidi, há tempos atrás
Nunca andar nas sombras de alguém
Se eu falhar, se eu fracassar
Ao menos viverei do modo que eu acredito
Não importa o que os outros tomem de mim
Eles não podem levar minha dignidade

Por que o maior de todos os amores
Está me acontecendo
Eu encontrei o maior de todos os amores
Dentro de mim
O maior de todos os amores
É fácil de conquistar
Aprender a amar a si mesmo
É o maior de todos os amores

E se por acaso aquele lugar especial
Com o qual você tem sonhado
Conduzir-lhe a um lugar solitário
Encontre sua força no amor
Encontre sua força em você mesmo


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Espaço para o meu grande "amor" II

Desejo ... necessidade
Vontade ... necessidade
De ouvir palavras
Livres e marginais,
De saber que ainda existe
Uma chance de despir-se

De mostrar a coluna,
De mostrar o corpo nu
Sem disfarces, sem mistérios,
E não ser apenas mais um.


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

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